O evento discutiu os processos de formação de vínculo familiar, as dimensões subjetivas e simbólicas dos documentos de identificação e o valor da constituição de redes de apoio
Neste sábado (11), o Aconchego realizou mais um evento destinado a pessoas interessadas em conhecerem os caminhos da adoção. A palestra mensal faz parte do Projeto Entrelaços, um trabalho do Aconchego com o apoio do Criança Esperança/Unesco. O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas, que discutiram questões pertinentes às famílias homoafetivas.
Com amorosidade e clareza, Daniel e Wilton, pais adotivos de dois meninos, contaram como a família passou pelo processo de amadurecimento das decisões sobre adoção e relataram como ter participado do Aconchego possibilitou a construção de uma rede de apoio com outras famílias adotantes e com profissionais habilitados a lidar com os mais variados desafios.
“Filho quando chega a gente pede três coisas: tempo, dinheiro e energia”, declara Daniel, também coautor do livro “Adoção Tardia: relatos de famílias nascidas de uma escolha”, publicado pela Aconchego, ao esclarecer os desafios de ser uma família homoafetiva e de criar filhos numa sociedade que ainda não está preparada para lidar com esta configuração familiar e suas diversas esferas.
Em uma de suas falas, citou um desafio vivido por muitas famílias homoafetivas: a dificuldade de incluir o nome dos dois pais no documento do CPF. Atualmente, o documento mais inclusivo no caso de famílias homoafetivas é a certidão de nascimento, que consta o nome dos dois pais por descrever a filiação da criança.
Além das questões burocráticas, o evento ressaltou a importância da dimensão subjetiva e simbólica dos documentos, pois revelou as complexidades do exercício da parentalidade, vividas pelos pais ao presenciarem a ansiedade das próprias crianças, ao poderem se autodenominar com o sobrenome da nova família, e materializar o vínculo familiar constituído pela validação proporcionada por estes documentos.
O encontro também possibilitou diálogos relacionados à realidade cotidiana e aos desafios naturais inerentes a qualquer família. Os convidados comentaram sobre a importância de se trabalhar a temática interracial e a relevância de posturas piscoeducativas, para o empoderamento dos filhos, os ensinando a ter orgulho de suas origens e traços, e a também buscar seus direitos.
SERVIÇO:
Livro: Adoção Tardia: relatos de famílias nascidas de uma escolha.
Disponível em: Adoção Tardia. Relatos de Famílias Nascidas de uma Escolha | Amazon.com.br
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