Organização da Sociedade Civil (OSC), por meio dos seus projetos, dá suporte às crianças e adolescentes, de diferentes idades, na integração familiar antes, durante e após a realização de processos adotivos
Por Gabriella Collodetti
O Aconchego é uma entidade civil, sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1997, que trabalha em prol da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento institucional. Filiado à Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD), o Aconchego é reconhecido como referência em Brasília e conta com grande projeção nacional na criação de tecnologias sociais com vistas à garantia do direito das crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, por meio de ações de intervenção com potencial para a transformação social e cultural.
Para o desenvolvimento de tais ações, o Aconchego desenvolve programas voltados para as diversas etapas do processo de adoção. Abrangem, portanto, os pretendentes a mãe e pai por adoção, os já inseridos no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e aqueles que já adotaram. Além destes, as crianças e os adolescentes que fazem ou que farão partes destas famílias.
Os programas desenvolvidos, atualmente, são os seguintes:
Encontros sobre Adoção – tem a proposta de discutir e compartilhar assuntos importantes para a construção de um vínculo de filiação-parentalidade adotiva, como as expectativas e a motivação para adoção, os aspectos legais, a origem da criança e demais abordagens relacionadas. Promove, ainda, reflexão sobre anseios, desejos e medos relacionados à adoção de uma criança ou adolescente.
Laços – tem o objetivo de dar continuidade ao trabalho de conscientização e de preparação de candidatos já habilitados e inscritos no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). É o momento de transformar o tempo de espera em tempo de preparação, e de dar suporte às famílias que se formam por meio da adoção.
As reuniões acontecem sempre com a presença de psicólogos, advogados, assistentes sociais, educadores e estagiárias de tais áreas, com apoio de voluntários.
Pós Adoção – destinado às famílias que já se encontram em estágio de convivência, guarda provisória ou que tenham concluído o processo de adoção. Envolve, portanto, a participação dos pais e das crianças, que, ao serem atendidos por dois grupos de apoio distintos, participam de vivências adequadas às suas respectivas realidades.
As reuniões acontecem sempre no terceiro sábado de cada mês, com presença de psicólogos, assistentes sociais, arte-terapeuta, sociólogos, colaboradores e voluntários.
Entrelaços – o projeto compreende os três programas acima descritos e conta com o apoio da Rede Globo, por meio do programa Criança Esperança. O objetivo do projeto é desenvolver ações que mobilizem a sociedade para a atenção às crianças maiores e adolescentes acolhidos em instituições, em especial aquelas que se encontram inseridas no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), na espera de uma família.
O programa contempla ações em quatro eixos, separados pelos programas da OSC:
– Nos Encontros sobre Adoção, há a divulgação e sensibilização da sociedade para uma nova cultura da adoção, especialmente a adoção de crianças maiores e adolescentes, por meio de palestras públicas realizadas mensalmente;
– Com o Laços, há a preparação continuada de famílias habilitadas e inseridas no SNA, através de encontros grupais realizados mensalmente;
– Em reuniões para o grupo de Pós-Adoção, é oferecido apoio e acompanhamento de famílias que já se encontram em estágio de convivência, em processo de guarda ou com a adoção concluída, através de encontros grupais realizados mensalmente;
– Futuramente, ainda será implementado o projeto que traz a perspectiva da criança e do adolescente sobre adoção, através de encontros grupais que serão realizados quinzenalmente, por um período de cinco meses.
Histórias
Ao logo de 24 anos, o Aconchego já deu suporte para diversas famílias em fase de adoção e, além disso, após a finalização do processo, já com as crianças e adolescentes inseridos no ambiente familiar. Conheça três histórias de pais e mães que foram impactados positivamente pelos projetos realizados pela organização:
Alexandre Sales, 40 anos, empresário
Crísteni Sales, 38 anos, enfermeira
“A nossa experiência com o Aconchego foi maravilhosa. Tivemos um preparo antes de estarmos, de fato, com os nossos filhos. Isso no trouxe uma certa segurança. As trocas de experiências vividas durante as reuniões trouxeram uma normalidade para situações que iriamos ou não viver, foi gratificante.
A nossa adoção foi tardia, com um grupo de seis irmãos. Para que isso fosse conduzido, ouvimos muito, lemos e estudamos. Mas, através do Aconchego, tivemos uma grande parte dessas orientações.
Recebemos um suporte psicoterápico assim que nossos filhos vieram para casa, que foi essencial para o entendimento de tantos sentimentos, decorrente do turbilhão de coisas que estávamos vivendo. A chegada de seis filhos foi de uma só vez, juntamente com a pandemia. Ou seja, foi de extrema importância o apoio que recebemos.
Em todo esse período com o Aconchego, aprendemos, principalmente, que em um processo de adoção a prioridade são os filhos. No nosso caso, nossos seis filhos eram nossas prioridades.
Entendemos que eles já tinham uma história e que esta deveria sempre ser respeitada e levadas em consideração. Além disso, compreendemos que as expectativas servem para ser frustradas e que não existem filhos ideais, apenas reais”.
Luciana Ribeiro Brandão, 39 anos, professora da Secretaria de Educação
“Quando decidi que seria mãe e que meu filhote viria pela adoção, não sabia absolutamente nada de como isso aconteceria e nem tão pouco sobre como seria a maternidade real.
Por meio dos encontros do Aconchego, me vi passando por todas as fases de amadurecimento – algumas durante o Encontros para Adoção e outras já no Adoção Tardia. Posso afirmar que o que mais precisei, encontrei no Aconchego.
Para mim, mãe solo, de primeira viagem, com filho recém-chegado, o Aconchego se tornou referencial. É um local que se tornou nosso porto seguro.
Aprendi tantas coisas com o Aconchego que nem sequer consigo enumerar em ordem de importância. Tudo foi e é tão necessário!
Por meio da instituição, compreendi que o filho real é aquele que nos completa. Gabriel, meu filho, tem o que eu preciso para crescer e ser feliz. Além disso, aprendi que criança é criança e que todas precisam ser adotadas.
Destaco, também, um grande e sábio ensinamento que tenho hoje em dia: filho não sai, filho entra!”
Josmaria Lopes, 48 anos, servidora pública
“Foi uma grata alegria encontrar o Aconchego. Frequentei o grupo Laços antes da adoção e isso foi determinante para ao que me propus: adotar dois irmãos de 10 e 12 anos.
Após o Laços, me senti mais segura da minha opção. Hoje em dia, frequento o grupo de Adoção Tardia, que me ajuda a lidar com as dificuldades que se apresentam e, além disso, me alegrar com as conquistas que temos em família.
Durante todos esses processos, posso dizer que aprendi e aprendo a ser mais tolerante com as dificuldades do outro e com as próprias minhas dificuldades”.
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