O Apadrinhamento Afetivo é um programa para crianças e adolescentes acolhidos em instituições, com remotas chances de retorno à família de origem ou adoção.
Tem como objetivo, desenvolver estratégias e ações para construção e a manutenção de vínculos afetivos entre eles e os voluntários, nos papéis de padrinhos/madrinhas e afilhados (as).
O Programa busca coerência com o Art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8069/1990, que praticamente reproduz o Art. 227 da Constituição Federal: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
A realidade cotidiana de crianças/adolescentes acolhidas em instituições tem despertado a atenção da sociedade e organizações que atuam na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
Verifica-se, em geral, a ausência de fatores fundamentais ao bom desenvolvimento do ser humano, como: tratamento individualizado, afeto, aconselhamento, vínculos afetivos significativos, convivência comunitária, etc.
A ausência desses fatores pode agravar nessas crianças e adolescentes, problemas como solidão, sentimento de abandono, baixa autoestima, agressividade, baixo rendimento escolar, dificuldade de socialização, entre outros.
Diante dessa realidade, e consciente de que é responsabilidade da família, do estado e da sociedade zelar por suas crianças e adolescentes, foi elaborado o presente programa, ressaltando-se a importância de crianças e adolescentes acolhidos vivenciarem cuidados individualizados, tendo como mediadores padrinhos e madrinhas capacitados para esse lugar de cuidadores, bem como o aprendizado em outras configurações familiares que devem favorecer o sentimento de pertença, muitas vezes perdido ao longo dos anos de institucionalização.
Acreditando que, para as crianças e adolescentes que vivem a experiência do abandono e da negligência familiar, às vezes basta que encontrem uma pessoa significativa para que a esperança na vida lhes volte.
Para ser padrinho/madrinha de uma criança ou adolescente que vive em uma casa de acolhimento é preciso antes de tudo ter a sensibilidade para olhar a criança/adolescente além de suas perdas e abandonos.
É preciso que se olhe e se perceba o que há de melhor dentro de cada um. É essencial que se olhe este sujeito com os olhos cheios de esperança!
Padrinhos/madrinhas precisam ter consciência de que o vínculo é uma construção, e que somente se tornará real se ambas as partes (padrinhos e afilhados) tiverem o desejo de compartilhar uma história, de forma não linear, claro!
Precisam estar dispostos à experiência, num processo de trocas, oferecendo o que há de melhor em cada um e o tempo para essa construção deve ser considerado para que gere confiança, segurança e intimidade.
Quem participa?
Para iniciar o processo e se tornar um padrinho ou madrinha, consideramos alguns requisitos:
1. Participe de Palestra aberta para a comunidade, com duas horas de duração, abordando os seguintes temas:
São realizados Grupos de Padrinhos/Madrinhas com até 30 participantes. Cada grupo perfaz um total de 06 encontros. Cada encontro possui um tema pré-determinado e uma duração de cerca de três horas. Cada grupo preparatório é conduzido por uma equipe técnica formada por facilitadores treinados, psicólogos e assistentes sociais e auxiliados por estagiários do último ano de psicologia e do serviço social das universidades apoiadoras.
Temas das oficinas:
Após todo o trabalho de preparação e de reflexão, acredita-se que os candidatos a padrinhos e madrinhas poderão melhor decidir se desejam realmente fazer parte do programa com responsabilidade e comprometimento.
Se desejam conhecer uma criança ou um adolescente e dividir com eles, histórias, aprendizados, alegrias, dores, segredos e memórias.
Participe desse Programa!
Você pode fazer a diferença na vida de uma criança/adolescente. Como nos ensina o psicanalista francês, Boris Cyrulnik:
“Quando as crianças se apagam porque não têm mais nada para amar,
quando um acaso significativo lhes permite encontrar uma pessoa
– basta uma – para que a vida lhes volte…”
Inscrições gratuitas!
Clique aqui e preencha a Ficha de Cadastro.
Entraremos em contato tão logo seja formada uma nova turma.
Coordenação:
Informações:
(61) 98473 6363 / 3963 5049 / 3964 5048
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