Aconchego | Convivência Familiar e Comunitária

Grupo Aconchego promove ações especiais para celebrar o Dia Nacional da Adoção

Instituição que trabalha há 24 anos no DF busca trazer um olhar mais intimista sobre a adoção de crianças e adolescentes

Por Gabriella Collodetti

Na próxima terça-feira (25), será celebrado o Dia Nacional da Adoção. A data busca conscientizar a população quanto aos direitos das crianças e adolescentes à convivência familiar. Para comemorar a ocasião, o Grupo Aconchego, Organização da Sociedade Civil (OSC) com 24 anos de existência, realizará ações especiais para debater a importância do assunto.

Nos dias 22, 25 e 29 de maio, a entidade apresentará diferentes projetos para trazer um olhar mais intimista relacionado à adoção. Segundo Maria da Penha Oliveira, psicóloga e coordenadora do novo projeto do Grupo Aconchego, intitulado “Entrelaços”, a data deve chamar atenção para as mais de 30 mil crianças e adolescentes acolhidos em instituições e serviços de família acolhedora.

“Sensibilizar e conscientizar a sociedade para a importância dos cuidados na primeira infância é fundamental para se construir um adulto seguro. Pensar na criança é ter, antes de tudo, o olhar voltado para as suas famílias.  O trabalho é preventivo. É preciso que se invista em políticas que atendam as famílias em situação de vulnerabilidade”, comenta.

As ações iniciarão neste sábado (22), com o workshop on-line intitulado “Saberes e Práticas da Adoção”. O evento, que é gratuito, iniciará às 9h45 e contará com profissionais de Psicologia para trazer considerações importantes relacionadas ao ato de adotar.

Com esse objetivo definido, o encontro debaterá os cuidados de qualidade da criança e do adolescente em situação de acolhimento e também trabalhará com a construção da narrativa no processo de adoção.

Já no dia 25, o Aconchego realizará, às 20h, o “Sarau Aconchegante”, no formato virtual. A ideia é promover um encontro festivo em celebração do Dia Nacional da Adoção. Na data, os participantes poderão apresentar os seus talentos, como cantar, tocar um instrumento, ler um poema ou até mesmo dançar.

No sábado (29) desta mesma semana, está previsto o Encontro Kids. A ideia da ação é dar voz às crianças e adolescentes que passam ou já passaram pelo processo de adoção. “São filhos e filhas de pais que frequentam o Grupo de Pais Pós-Adoção. Será um encontro online com a coordenação de duas psicólogas do Aconchego. Como eles se percebem nesse novo contexto familiar?”, explica a psicóloga Maria da Penha.

Dados gerais

Atualmente, o Brasil possui quase cinco mil crianças à espera da adoção e cerca de 32 mil pretendentes disponíveis e habilitados para serem apresentados a esses jovens. Os dados, que constam no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), destacam que há um problema quanto a aceitabilidade das famílias para os perfis disponíveis.

“A maioria das crianças e adolescentes que estão aguardando por uma família, inscritas no Serviço Nacional da Adoção, é maior de 10 anos de idade, distante do perfil desejado pelas famílias habilitadas. Porém, não podemos ignorar que todo indivíduo tem direito a ser cuidado por uma família e que o acolhimento familiar ou institucional deve ser provisório e excepcional conforme determinado pelo ECA”, comenta Penha.

Para a psicóloga, é preciso considerar que a institucionalização por um longo período pode provocar grandes danos ao desenvolvimento psicoafetivo dos jovens, razão ainda maior para que esforços sejam empreendidos em busca de uma família para esses sujeitos.

25 de maio

Em julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi promulgado, assegurando proteção integral às crianças e adolescentes. Além disso, graças ao seu conjunto de normas, foi determinado que a adoção deve ser orientada para o interesse superior dos jovens, ou seja, é necessário apresentar reais vantagens para o adotando, fundando-se em motivos legítimos – sem privilegiar interesses de terceiros.

Após o surgimento do ECA, pessoas da sociedade civil se organizaram com o propósito de divulgar e sensibilizar a população para uma nova cultura da adoção. Nisso, vários Grupos de Apoio à Adoção (GAA) surgiram no país. A maioria formada por pais e mães adotivos que se reuniam para trocar experiências, prevenir o abandono, preparar pretendentes a adoção e crianças para a constituição de um novo núcleo familiar.

“Com o crescimento desses grupos, se percebeu a necessidade de trocar experiências e estreitar as relações com as instituições e órgãos governamentais com o objetivo de se fortalecer a defesa do direito à família para todas as crianças e adolescentes. Em 25 de maio de 1996, realizou-se o 1º Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção (ENAPA) na cidade de Rio Claro (SP). Nessa data, foi instituído o Dia Nacional da Adoção”, contextualiza Penha.

Entretanto, apenas em 2002, por meio da Lei 10.447, que a data ganhou a devida importância. Vale destacar que o ENAPA acontece anualmente há 25 anos e, até então, já foram realizados 24 encontros em diversas regiões e do Brasil.

“Desde do registro da data comemorativa, o número de adoções tem aumentado em todo o país e, além disso, os pretendentes têm se mostrado mais flexíveis ao perfil do filho desejado”, comenta Penha. Por essa razão, a comemoração se tornou um importante marco para a defesa dos direitos das crianças e adolescentes, que buscam um lar seguro para residirem.

A psicóloga aproveita para contextualizar que a adoção é um processo afetivo e garantido pela lei. Participam deste processo, adultos, crianças e adolescentes impossibilitados pelas contingências de seguirem a trajetória natural da vida que é gerar, cuidar e proteger seus próprios filhos; ou ser gerado, cuidado e protegido por seus genitores.

“Para que o encontro entre criança ou adolescente acolhido e adotante aconteça e se torne uma família, são necessárias várias ações e procedimentos. A primeira é a destituição do poder familiar, ação que ocorre após investidos esforços profissionais para que a família de origem recupere o seu poder e possa exercer a proteção integral de seu filho. Não sendo possível, o próximo passo para se garantir que essa criança tenha uma família, é inscrevê-la no Serviço Nacional de Adoção e investir na busca de uma família cadastrada e preparada para adoção”, explica.

Todo o processo deve ser realizado pela justiça com o apoio da rede de acolhimento da criança e do adolescente, incluindo os Grupos de Apoio a Adoção, representados pela Associação Nacional de Grupos de Apoio a Adoção (ANGAAD).

SERVIÇO:

Dia 22 de maio, às 9h45
Workshop on-line “Saberes e Práticas da Adoção”

Dia 25 de maio, às 20h
Sarau Aconchegante

Dia 29 de maio, horário a definir
Encontro Kids

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